quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Não teria dado certo, de qualquer maneira.

Como era estranho olhá-lo daquele ângulo.
Não que aquilo me magoasse. Eu aprendi a não me importar muito rápido.
Rápido demais.
Continuo sem me importar.
Mas era estranho, de fato. Chegava até a ser curioso. Era tão fácil me imaginar no lugar daquelas pessoas. Tão fácil imaginar o que teria acontecido se as decisões tomadas fossem diferentes. Tão fácil... E ao mesmo tempo, tão fora da minha realidade.
É engraçado como às vezes rimos das nossas antigas escolhas. Como tantas vezes tentamos, mesmo sabendo que é impossível, voltar de alguma forma ao passado, e então mudar tudo...
Não que eu tenha vontade de fazer isso.
Essa é uma das poucas coisas das quais não me arrependo. Não era pra ser. Não teria dado certo, de qualquer maneira. Foi melhor assim.
Como já disse, eu não me importo mais.
Só tem uma coisa que não entendo: como aconteceu.
Foi aos poucos e foi de repente. Ninguém pediu para isso acontecer. Ao menos, não claramente, nem em alto e bom som.
“a dor do nunca”.
Apenas uma despedida muda que passou despercebida.
Um adeus.

12 comentários:

  1. ''Eu aprendi a não me importar muito rápido.
    Rápido demais.
    Continuo sem me importar. '' Não teria descrito meu momento melhor, mas eu espero que as coisas mudem, pra você, pra mim.
    Beijos Querida!

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  2. Piores são aquelas idas sem despedidas...

    Flores e uma ventania
    de bons pensamentos, moça.

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  3. As despedidas que acontecem sem avisar, certamente, são as piores. Mas, às vezes, a falta de um adeus é apenas o medo de quem não sabe se quer mesmo ir, e prefere não dizer nada, pra facilitar a volta, que não será volta, apenas permanência.

    Beijo, obrigada pelo comentário e pelas palavras tão bonitas (:

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  4. às vezes vejo isso como uma forma de conformismo para a nossa dor, mas a verdade é o que você disse: tem vez que não dá para continuar...infelizmente!

    Aproveitando, vejo que seus comentários tem a opção de "Responder". Isto é do blogger? Pode me dar esta dica?

    Obrigado e parabéns pelo texto,

    Rafael

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  5. Preciso concordar que dói demais essa tal de despedida.
    Tuas palavras são marcantes e bem bonitas, parabéns pelo texto mocinha.
    Um beijo doce.

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  6. Lembrei do trecho "Um Adeus tão frio e mais nada..."

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  7. Não era pra ser ternos os momentos, e talvez só uma passagem sem grandes fins e sem despedidas (isso o tempo permite sem que esperamos) Chará, sua linda. Como é bom vir aqui e lê-la. Continua encantando. Um beijo!

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  8. "Tão fácil imaginar o que teria acontecido se as decisões tomadas fossem diferentes. Tão fácil... E ao mesmo tempo, tão fora da minha realidade."
    Me vejo nisso, é "engraçado" como as coisas as vezes precisariam de tão pouco para acontecer, mas ao mesmo tempo são quase impossíveis.

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  9. Um adeus deveria ser visto como uma porta de entrada para um recomeço...
    Um grande abraço, @pequenatiss.

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  10. "Foi aos poucos e foi de repente"
    Essa sensação é um tanto instigante, nos faz querer entender algo que não se pode explicar ou significar. As coisas simplesmente acontecem, e não há nada a ser feito com o que já passou.

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  11. Que lindo!
    Sim, um adeus dói muito... temos que aprender a conviver com ele.
    Belo texto!

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