segunda-feira, 14 de março de 2011

Sorrisos e um velho amor.

 Um sol tímido saía discretamente por entre as nuvens, o que deixava Elizabeth muito satisfeita. Ela adorava o frio - mas ainda não sabia - que só o adorava, porque depois de um dia frio, o sol sempre vinha para aquecer. É como um abraço, um beijo: se está carregado de saudades, será ainda melhor.
 Mas neste dia, neste dia em que o sol saía de mansinho de trás das nuvens, Elizabeth, ou lizze, como gostava de ser chamada, estava em um trem. Estava deixando sua querida Londres, e não podia se sentir mais infeliz por isso. Ela não sabia o que iria encontrar quando o trem chegasse ao seu destino final, não tinha idéia de como seria sua vida daquele momento em diante; E, de tão perdida que estava nesses devaneios, levou um grande susto quando olhou para frente e deu de cara com um rapaz de olhos estranhamente cinzas sentado de frente para ela.
- Olá. Belo dia, não? - disse o rapaz com uma voz suave
- Olá - respondeu Lizzie - É, lindo dia. Lindo demais para mim.
- O que houve? Você parece preocupada.
- Desculpe, mas minha mãe sempre me disse para não confiar em estranhos.
- Ora, mas você não é mais uma menina. Deve ter mais de 15 anos...
- Tenho 16, na verdade - disse Lizzie, interrompendo-o - Mas nunca segui os conselhos da minha mãe e graças a isso estou neste maldito trem.
- Tudo bem, eu entendo.
 Lizzie não respondeu. A verdade, pensou ela, era que ele não entendia nada. Não passava de um estranho, como ela mesmo dissera. Então voltou a olhar para a paisagem difusa que passava pela janela, mas sem realmente enxergar paisagem alguma. Seus pensamentos foram para longe dalí, para uma época em que ela era muito feliz e não sabia... Até perceber que o estranho rapaz a observava atentamente.
 A garota se virou para encará-lo e dizer o quanto era desconfortável ter ele ali a observando, mas não chegou a dizer nada. No momento em que finalmente fitou seus olhos cinzas, foi tomada por uma sensação estranha. Naquele momento, Lizzie sentiu que já o conhecia, como um velho amigo, um velho irmão, ou até mesmo como um velho amor.
- Vamos, Lizzie. Eu não sou como a pessoa que te deixou nesse estado - disse ele, com um leve sorriso no canto da boca
- Como sabe meu nome? - perguntou desconfiada
- Sabendo. Além do mais, você tem cara de Elizabeth.
Lizzie tentou dar um sorriso amigável. Não conseguiu.
- Parece que faz algum tempo desde a última vez que você sorriu - disse o rapaz com sua voz calma
- Não tanto tempo assim... Bah, sorrisos forçados e amarelos fazem parte do meu dia-a-dia.
- Devia tentar sorrir mais. Sorrir sempre é sinal de um bom começo..
- Ah é, é?
- É sim. E quem avisa, amigo é.
- Não seja ridículo. Nem ao menos sei seu nome...
- Meu nome é Peter - disse, e nesse momento, parecia haver um temporal em seus olhos cinzas - mas você costumava me chamar de Peter Pan.
 Ela sorriu.
 Os dois se abraçaram, e tanto Peter quanto Elizabeth sabiam que não havia nada no mundo que iria fazer os dois deixarem um ao outro novamente. 

6 comentários:

  1. Esse final foi bem inesperado, e acabou me deixando meio "Nossa...", mas foi um bom texto. Por que não tenta desenvolvê-lo mais um pouco? Ele tem potencial.

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  2. "Os dois se abraçaram, e tanto Peter quanto Elizabeth sabiam que não havia nada no mundo que iria fazer os dois deixarem um ao outro novamente. " Peraí, agora eu não entendi KKKKK' Adorei a história mas fiquei confusa nessa ultima parte, então os dois ja se conhecem ? Deve ser né, boiei. KKKK mesmo assim adorei. Seguindo

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  3. Que lindo! adoreeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeeei!
    Sucesso gata, que seu blog ganhei muitos seguidores e mts comentarios rs.
    sucesso.
    http://garotasnasruas.blogspot.com/

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  4. Foi um bom texto, mas realmente o final deixou muito a desejar. Não entendi quem é esse Peter!
    Adorei seu modo de escrever.

    sucesso'
    abraços,
    Iago Marcell

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  5. LIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIINDO -*
    o final me supreendeu, ameei. você escreve super bem sabia ?
    Besos, Flor -*
    cleanaiir.blogspot.com

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